sábado, 31 de dezembro de 2011

2012

Resoluções para o ano de 2012:















quem cumpre as promessas de ano novo mesmo?!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Palavras que Nunca são Ditas

Ao jeito errado de se fazer as coisas
                              lhe digo o que não deveria, não de tal modo.
Eu quero que saiba, como quero.
Quero lhe falar, como quero.
                                   Mas as palavras não me vêm à boca,
e acabo lhe falando da maneira errada, no momento errado.
Se eu ao menos pudesse te fazer enxergar... me enxergar,
                                        e saber se se sente da mesma maneira.

(in)Feliz natal

Era véspera de natal. E tudo o que eu queria era ganhar um presente. Mas como? Pessoas com minha vida, minha renda não podem se dar ao luxo nem de querer um. Mas eu queria. Como queria. Neste momento, era o que eu mais queria. Mais do que a comida que me chega ao prato quase todos os dias, mais que a água quase sempre suja que bebo. Um presente. Meu primeiro presente. Passeava pelas ruas e olhava as vitrines das lojas imaginando... "Se eu ganhasse um presente, ou mesmo que fosse comprá-lo para mim mesma, o que seria?" Sinceramente, eu não fazia ideia. Nunca havia ganhado um presente. Nunca tinha sido uma pessoa de ter muitas coisas. Ou mesmo me importar com o pouco que eu tinha. Não era uma pessoa materialista. Não desejava possuir nada. O que eu sabia era que um presente, seja ele o que fosse, era o que eu queria. Ao menos uma vez. Ao menos desta vez. Vagava sem destino, pelas ruas cobertas de neve. "Pra quê voltar pra casa? Para o chão frio e pouco coberto que eu teria que dormir..." Vaguei a noite inteira. E vi o sol clarear o dia, trazer a manhã para aquela noite escura. Vi o sol clarear a manhã de natal. Ele quase conseguia aquecer o meu corpo levemente congelado da noite fria que havia passado fora de casa. Era natal. Hoje eu não tinha que trabalhar. Mas estava me sentindo meio mal. Talvez pela falta de comida... mas não acredito que seja isso. Fui visitar um cliente antigo. Que se tornou um velho amigo. Eu havia passado mal na noite que estava com ele. Era um médico. E me socorreu. Bati à porta e ele atendeu. Nos comprimentamos. Ele me serviu café e conversamos sobre meu enjôo. Ele me deu uma examinada e concluiu: "Era um presente o que mais queria neste natal, certo?" e eu "Claro... mas como você me examinar termina com essa conclusão?" "Você está grávida." O meu presente. Ganhei um presente. Uma vida pra tomar conta. Mais uma boca para alimentar. Mas era um presente. Era o que eu mais queria neste mundo. Um presente. Nos abraçamos, comi mais um pouco e nos despedimos. Agradeci por tudo que ele havia me ajudado, pelo café da manhã de natal e pela maravilhosa notícia do meu presente. Agora eu caminhava pelas ruas com o maior sorriso que já havia dado. E não era pra agradar ninguém, era pra mim. Nunca havia sido tão feliz em toda minha vida. Mas a minha felicidade me distraiu. Quem não fica distraído quando está feliz? Fui atravessar a rua, que ainda estava coberta de gelo. O motorista do caminhão desviou sua atenção por um milésimo de segundo. Mas foi o que bastou. Quando percebi, estava no chão frio com a visão meio turva e com frio. Com frio eu já estava, mas esse frio era diferente. Todo o calor do meu corpo havia sumido. Eu só conseguia sentir as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas e logo se congelando. Vi o motorista chegando perto de mim, meio que me examinando com um rosto pasmo. Gritava alguma coisa, mas eu não conseguia ouvir. Foi quando percebi o quão cansada eu estava. Eu não tinha dormido esta noite. Estava cansada por dois, grávida. Provavelmente já nem estava mais grávida. Breves foram os momentos que passei com meu presente. Mal o aproveitei. Nem tive a chance de descobrir se era menino ou menina. Sentia uma pressão no meu peito e fui perdendo o ar. O ar gélido já não entrava mais em meus pulmões. Pisquei por um segundo. Acordei. Era um lugar tão claro quanto o que eu acabara de deixar. Mas a minha sensação era outra. Eu conseguia respirar, e o ar não era gélido. Era um ar quente e macio. Como eu nunca havia sentido antes. Provavelmente um clima de praia. E logo vi o mar azul. Sempre quis ir à praia. Sentir a brisa do mar, andar com os pés na areia e curtir o sol. E agora podia. Para sempre.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ocasião do Instante ou Instante da Ocasião

Eu só quero voltar pra casa,
pros seus braços e abraços.
Pros seus lábios e beijos.
Esquecer todas as mágoas
que nos fizemos pelo caminho.
Não quero viver sozinho.
Vamos logo que a vida é curta,
quando menos percebemos já acabou
e esquecemos o que restou.

"O tempo não pára."

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Metalinguagem

Ali é o título. Que provavelmente é alguma metáfora para o que estará escrito aqui. Logo abaixo, vem um texto. Ou, mesmo, algumas frases soltas ao léu. Um texto aqui. Um outro ali. Aqui é onde coloco as palavras. Palavras que você provavelmente não lerá e, se ler, logo as deixará para trás. Rapidamente esquecerá o que acabou de ler. Palavras inspiradoras ou, apenas, palavras. Palavras vazias. Daquelas que se lê, aprecia e logo passa para outras. As que realmente ficarem na sua cabeça, são as que precisam de mais atenção. Elas podem encontrar sentido com sua vida. Podem se misturar com seus eventos. Acontecimentos em que uma atitude é necessária. Algo precisa ser feito. Isso precisa mudar.

Vá logo. Vá mudar o mundo.

Espera Ver se eu Não Cheguei

Vamos correr. Fugir. Deixar o sangue pulsando nas veias. E sentir o coração bater. Por que quem não gosta de sentir o vento no rosto quando se está em alta velocidade? Parece que o mundo inteiro desaparece. Naquele momento só existe você. Você e o vento. O vento que bate no seu rosto e joga seus cabelos para trás. Aquela brisa macia e fresca. Como uma manhã fresca de uma noite chuvosa. Ah... como adoro a chuva. E o cheiro que deixa depois que as coisas ficam molhadas... é um dos melhores que já senti. Vamos lá fora. Está chovendo. Vamos tomar um banho de chuva para afastar os pensamentos ruins e curtir esse momento. Curtir as gotas de chuva caindo sobre a pele, molhando as roupas e encharcando os cabelos. Em seguida, tão bom quanto o banho de chuva é o banho quente. Pra esquentar o corpo que ficou frio da chuva. Deixar as bochechas vermelhas e a pele aquecida. Depois, o que me resta é, deitar contigo debaixo dos cobertores para ficarmos aquecidos até a manhã chegar e termos que levantar. Mas, por enquanto, ainda é noite. Ainda estamos debaixo dos cobertores nos esquentando. Ainda esperamos pela manhã que há de nos separar. E te tenho toda para mim.

Simples Matemática

1 + 1 = 2

então, por que não se junta a mim?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mas o de Novo Não Volta Atrás

Eu precisava te dizer
Que era mais do que deveria ser
Havia de ser uma aventura
E não uma simples loucura
Eu só queria poder fazer de novo
Voltar atrás pra ver se me comovo
Sem desperdiçar sentimentos e amarguras
Pra curar-me logo dessas suturas
Só me deixe entrar
Pra te curar

Dessa solidão.

Conto de Fadas

As pessoas pensam que só podem ser felizes se estiverem com alguém. Se estiverem amando, com alguém pra cuidar e pra tomar conta de si. Mas não é bem assim. Principalmente quando não achamos esse alguém. Já estive com vários homens, algumas mulheres até. Experimentei umas coisas diferentes e outras exóticas. E no fim da história, não encontrei meu príncipe encantado. Mas que disse que procurava por um? Vivo bem sozinha. Organizada na minha bagunça. Na solidão dos meus pensamentos. Na imensidão das minhas divagações. Sou a prova viva de que se pode viver bem e feliz sem ter alguém a seu lado. Mas devo admitir que sou meio, muito fria. A vida me deixou assim. Me levou a ser assim. E acabei ficando empenada. Pra me consertar, se é que isso ainda é possível, vou precisar de um coração novo. Com uma dose de sentimentos. Pra ver se volto a sentir alguma coisa. A sentir algo por alguém. Ou, ao menos, me importar.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ânsia

Eu grito, mas nenhum som sai de minha boca.
Tento te chamar mas tu não olhas.
Eu só queria que me visse.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Manhã para cada gosto.

Gosto de ver a manhã cheia de luz. Luz que colore tudo saturando as cores. Cores que alegram o dia. Dia que chega sem pedir licença e logo vira noite. Noite que tráz escuridão e silêncio. Silêncio que cala a todos. Todos que dormem esperando por aquilo. Aquilo que algum dia já teve cor, mas hoje está preto e branco. Preto e branco mais pra cinza sendo mais preciso. Preciso como cor de concreto. Concreto que tapa o chão. Chão que enduresse o coração. Coração que ora ama ora odeia ora deprime ora se afasta. Afasta-se dessa dimensão procurando esquecer. Esquecer o que passou. Passou e já se foi. Foi pra longe viajar pelo mundo. Mundo esse que é imenso. Imenso como o vazio. Vazio que não acaba mais. Mais e mais esperando por você. Você que me deixou. Deixou a cama fria ao meu lado. Lado de ninguém. Ninguém que me espera. Espera chegar a manhã.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pausa

Imagine. Imagine por um instante uma escolha. Uma lá do passado. Imagine que possa mudá-la. Que possa voltar e escolher de novo. Que possa voltar e mudar tua escolha.
Você a mudaria? E o que veria agora? Como seria hoje? Você seria uma pessoa melhor?

"E o teu medo de ter medo de ter medo"

Mas temos medo. Medo de escolher. Medo de voltar atrás. Medo de fazer errado. Se naquela hora foi difícil, imagine agora. Imagine voltar e ter que escolher de novo. Imagine sentir todo aquele medo de novo. Imagine.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Oitava

dormir e
respirar a cada momento
misturar os rostos
falar o que vem à cabeça e ver o
sol clarear a manhã
largar tudo e fugir
sistematizar a minha
dor

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Re-vira(volta)

Eu espero pela manhã que nunca vai chegar. A manhã em que acordarei novamente em seus cabelos desgrenhados. A manhã que teu perfume irá contaminar meu olfato. A manhã que te terei em meus braços novamente. Seria tudo tão simples se eu pudesse te trazer de volta. Mas que egoísmo o meu. O que diria ele, que agora te tem? Por que eu tenho mais direito que ele? Por que eu posso te querer de volta e ele não pode te ter agora? Quem disse que mereço mais que ele? Na verdade, é o contrário. Ele é quem provavelmente te merece mais. Quem cuidará melhor de você e te fará feliz. Te fará esquecer de mim. Se já não esqueceu. Não posso te perguntar. Não aguentaria olhar em seus olhos pra saber se me esqueceu. Pra saber se me prefere. Pra saber se ainda me quer. Pra saber se seria capaz de me amar novamente. Mas, não. Paremos por aí. Não poderia pedir isso de você. Que me ame novamente. Que volte pra mim. Que me queira. Mesmo que quisesse, não sei se poderia passar por tudo aquilo de novo. Não sei se suportaria. Não sei se conseguiria te fazer superar. Não sei se seria capaz de voltar a amar.

sábado, 26 de novembro de 2011

Carne

Eu não te amo. Só te quero. Te desejo. É uma coisa carnal. Só de pensar em você eu já me arrepio toda. Quando te vejo sobe aquele calor. Um calor que vem de dentro e me preenche por completa. Quando percebo já estou me abanando. Daí você passa. Fico mais aliviada até que esbarra em mim e eu nem sei o que falar. Te tocar é quase um orgasmo. Uma excitação profunda. Mas pode ser só por uma noite. Como disse, não te amo. Mas como te quero. Com um desejo incontrolável.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Carta

Acho que preciso dizer o que não se é dito.
Fazer o que não se faz.
Entenda.
A vista me acalma, tranquiliza.
Acalme-se também.
E espere.
Não me siga.
É tudo que peço.
Porque quando subo aquele muro, se eu pular, sinto que não vou cair.
Vou voar.
E voar é meu maior desejo.
Então é o que irei fazer.

Adeus.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

As Coisas Como São

Eu to cansado.
E o que o cansaço não faz?
Apenas escute essa canção ou, até, qualquer bobagem.
Por que, quem sou eu pra julgar ou decidir o que é certo ou errado?
Eu sempre soube que era anormal, louco ainda.
Mas todos somos.
Loucos da nossa maneira.
É o que nos faz quem somos.
Individuais.
Nós mesmos.
Cada um.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Conjunção Aditiva

Tudo se acumula.
Cada dia mais pendências.
Coisas que deixamos de fazer, lugares que deixamos de ir, pessoas que deixamos de amar.
E quando vemos, está tudo empilhado num canto. Deixado de lado, empoeirando.

sábado, 19 de novembro de 2011

Eu, Você e um Amigo em Comum

Andava distraído lá pela W3. Pensava em Juliana que passeava na Esplanada. José corria no Eixão, porque era domingo.
Nada de mais acontecia, como sempre. Tudo o que alguém queria era uma manchete pro DFTV. Em Brasília todo mundo se conhece. Se conhece sem saber.
Fui dar um passeio pela Ponte JK, admirar sua beleza e vastidão. Linda a vista que se tem do Lago de lá. Andei, andei e andei até que vi um brilho no chão. Um espelho que refletia a luz do sol. Peguei-o e comecei a observar a vista de outra perspectiva. Olhava para o espelho que agora refletia a imensidão. Até que passou um menino correndo em sua bicicleta.
Me assustei.
Perdi o equilíbrio.
Caí.
Lembrei que não sabia nadar.

Mais tarde, cheguei até no Jornal Nacional.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sonho

Conte-me suas aventuras. Quero sabê-las em cada detalhe possível. Me explique o que tem lá fora, me mostre o mundo. Me fale das belezas, me cante as canções, me mexa nos cabelos e me ponha pra dormir. Pois só quando durmo o mundo é realmente perfeito, e todas as impurezas se desfazem em campos floridos. Todos são felizes e sem preocupações. Mas as coisas não são bem assim... o concreto do chão sobe pelas paredes até que ficamos presos, engaiolados em nossa própria casa.

"Não deixe isso acontecer comigo. Eu só quero ser feliz."

"Mas a vida não é feita só de felicidade. Precisamos sofrer para sabermos o que é alegria. Precisamos perder para sabermos dar valor ao que temos."

Se não há um lado ruim, como saberemos o que é bom?
Se fossemos perfeitos, qual seria a graça de acharmos uns aos outros?
De nos encontrarmos em outra pessoa? Seja ela um amigo ou um amor.

"Mas... eu não quero ir. Não me deixe."

"Sempre estarei contigo. Assim como sempre estarás comigo."

Fechou os olhos. Pele fria.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Desafeto

O amor é irracional.
A gente não escolhe por quem se apaixona.
A gente nunca sabe de quem vai gostar.
Então não venha me perguntar porque eu não consigo te esquecer.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Verbo

Diga-me,
Se fossemos um, o que diria de mim?

O que querias era que existisse só um alguém no mundo pra cada um.
Quão simples seria se fosse assim?
Mas pra quê simplificar se podemos complicar tudo?
Bagunçar a cabeça de todo mundo e mexer com nossas emoções.

Mas eu preciso te perguntar,
Foi bom pra você?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pra quê rimar com Carolina?

Perguntei pra Carina:
Pra quê rimar com Carolina?
Foi tudo na surdina,
Porque essa Carolina
É uma cretina
Que só me desatina

Sentada numa quina
Esperava Catarina
Que passava pela esquina
Sem um pingo de disciplina
Derramando hemoglobina
Pelas ruas de Londrina

Fazendo uma faxina
De forma paulatina
Ganhei da Marina
Um pedaço de tangerina
E fechei a cortina
Pra não ver a pobre menina

Fui passear pela colina
E ver a água cristalina
Comendo uma nectarina
Com gosto de naftalina
E a tal da bailarina
Só saía de batina

Visitando a argentina
Sem autodisciplina
Peguei uma flor de eritrina
E entreguei pra dançarina
Que deixou cair a lamparina
Em cima da maestrina

domingo, 30 de outubro de 2011

Ponto e Vírgula

Sem você aqui, perto de mim, as frases não fazem mais sentido. As linhas ficam todas tortas, as cores se misturam numa paleta quebrada.

Como assim?
Como não?

Mas diria estar calmo e tranquilo, sentado no meu canto tomando meu whisky. E nada mais importa, porque está chovendo, e quando chove a grama se molha e deixa aquele cheiro no ar.

Toca o telefone.

Eu não vou atender. Ela me chama, não dá, não vou. Já se foi o momento, acabou, já passou. E quem é você no meio dessa multidão? Não tem rosto, é só mais um. Até que ouço teu nome, e você ganha uma cara.

Eu te conheço, não sei de onde... Mas não me és estranho.

Case-se comigo.

Eu só quero alguém por perto pra não me sentir sozinho e abandonado como se estivesse esquecido.

Eu tô perdendo minha cor... tô ficando preto e branco.

Reticências

A gente se acomoda, se acostuma, se esquece.
Vivemos numa sociedade de espetáculo,
aonde tudo vira show.
E no final,
vira mesmisse.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ponto Final

Vida é paradoxo, é certo e errado, direita e esquerda, pra cima e pra baixo.
É movimento e ação e, ainda, parar e descansar.
Vida é energia, pulsação, sangue e calor.
Se parar, passou.
Acabou o momento.
Escapou-se pelos dedos.
Fim e ponto final.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sempre Assim

É impressionante como um simples detalhe pode mudar toda a visão que se tem de uma pessoa, e ainda, o quão rápido isso pode acontecer.
É impressionante como, naquela hora, ninguém lembra de você.

sábado, 17 de setembro de 2011

Essa é a Hora

Agora!... já passou. Já virou passado. Pensemos no futuro.
Por um instante, descobrimos que vale a pena viver.
E quando penso que em um breve momento tudo isso pode acabar, eu seguro mais forte, penso mais longe, corro mais rápido.
Um ano se passou desde que tudo começou.
Essa é a hora.

domingo, 11 de setembro de 2011

Pra Não Dizer que eu Não Falei das Flores

Não, sim
Mas nada, mas tudo
Agora, depois
Amanhã, ontem
Sem demora, só depois
Seca, chuva
Calor, frio
Vou embora, estou chegando
Outro dia, há meses atrás
Segundos, horas, dias, semanas e anos...



Na madrugada perdida, me pego cantando.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Não Vá se Perder por Aí

O homem não é um ser errante e limitado?
Então como ele pode dizer ou definir o que é certo ou errado?
Quem somos nós nessa imensidão que é o universo?
Nós não somos ninguém, não somos nada.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Vazio





























é como uma página em branco.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Novidade

Tô precisando trocar de pele, mudar minha vida, conhecer pessoas novas e fazer umas loucuras. Por que quem não é maluco de vez em quando? Ou, às vezes, até sempre?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Metamorfose

Porque em um segundo tudo muda
Você passa de amado para odiado
De amigo para deixado de lado
De querido para esquecido
E quando você percebe
Está sozinho no mundo
Quando você (mais) precisa
Ninguém está lá

domingo, 7 de agosto de 2011

Interrogação

Lábios teus
Tão macios e carinhosos
Gentis e estranhos
Olhos teus
Tão negros e profundos
Penetrantes e confusos
Seus olhares me atordoam
E eu não entendo,
O que você quer?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Declaração Aleatória

É difícil dizer, tente entender. Eu quero. Não diria que sempre quis, é algo bem recente. Mas nem por isso é de menor importância ou de menor intensidade. Calma, calma. Temos todo o tempo do mundo.

Farol Vermelho

Estava lá, deitada. E digo-te mais, deitada de olhos fechados. Seu rosto brando e carinhoso, pálido e sereno, sujo e ensanguentado. A tinta da parede derretendo. E a chuva caindo lá fora. Uma luz, lá no fim. Quase invisível. Estranha e peculiar essa luz. Mas ela. Ela estava lá e não havia nada que eu poderia fazer por ela. Deitada e parada. Estática. Olha lá, esqueci. Escuta essa, não me lembro.

domingo, 17 de julho de 2011

Banal(idade)

Eu estava (te) amando
Eu estava (me) perdendo
(te) amando e (me) perdendo
E eu não queria (me) entender
Só queria (te) amar
Sem (me) entender mas (te) amando
Não (me) importa mais nada
(te) amar já (me) basta





(obs.: leia também sem os parêntesis)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Concreto

A gente pensa que tem que ser feliz ao contrário de outros seres que simplesmente são. Somos amaldiçoados por uma coisa chamada consciência. Procuramos sentido pra tudo e usufruímos de nosso raciocínio para tal. Procurando explicação para as coisas é como evoluímos e descobrimos, mas também é como nos perdemos.
Todos querem achar sentido para vida, descobrir o por quê de estarmos aqui, mas ninguém se pergunta se suas próprias atitudes trazem um benefício maior, ninguém se preocupa em simplesmente viver. Se preocupa não, se despreocupa.
Queremos tudo aqui, agora, nesse instante, já passou.
Temos tantos problemas que muitas vezes nos esquecemos de parar um momento e simplesmente admirar a beleza que nos cerca. Parece que só temos tempo para ter problemas ou criticar as coisas. Não paramos um segundo para pensar "como é bom estar aqui, estar vivo, ter saúde, etc". Existem tantas pessoas em situações muito piores do que a nossa que nem sequer reclamam que não tem o que comer, ou que tem que sobreviver de lixo.
Impressionantemente deixamos de lado a conexão que temos com as pessoas, criamos redes sociais para ter "amigos". Agora, não sou mais gente se não tenho facebook. Vamos todos ficando alienados, e "eu te amo" fica banalizado. Você "ama" alguém que conheceu ontem, ou pior, à meia hora atrás. Não temos tempo de cuidar de nossos próprios filhos, são largados com uma babá que vem nos cobrar no fim do dia; afinal de contas, ela também tem que sobreviver.
Outro dia, andando de ônibus, reparei que até o cobrador tinha um celular de touchscreen. Hoje, não se é ninguém sem um celular. O que a alguns anos atrás era apenas para os enriquecidos.
Daqui a pouco, não vão me dar mais "bom dia" se eu não tiver twitter.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Na Negritude do Silêncio

Não adianta se esconder
Qualquer lugar que vamos, a escuridão nos acompanha
Não importa o que falamos ou o que ouvimos, o silêncio nos acompanha
Seja o que for que fazemos, não interessa, sempre há um lado negro
Aquele canto na escuridão e no silêncio que ninguém se atreve a ir por medo de se encontrar lá
Aquilo no canto do seus olhos que ninguém se atreve a olhar por medo de se ver lá
Todos temos inconscientemente um medo consciente deste canto negro em nossos olhos
Ninguém quer olhar
Ninguém quer saber

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Anseio

Eu só queria te falar. Eu só queria te falar tudo que está preso aqui dentro, sem medo de ser feliz. Ou mesmo que me magoe se as coisas não ocorrerem da maneira que esperava. Mesmo que não sejamos felizes juntos. Mesmo que você acabe com ela e eu apenas a te apreciar. Mesmo que nos encontremos num futuro distante, você feliz com sua esposa e eu com meu marido, ou ainda, mesmo que seja sozinha. Eu só queria te falar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tornar-se-ia

Não importa o quanto você chore, ou o quanto você grite, ou o quanto você sofra ou ainda o quão miserável você fique. No fim do dia e de tudo, o que você deve fazer é seguir em frente. Mesmo que seja fingindo que tudo está bem. Como me esquecer dos amores perdidos e corações partidos. Ainda te espero de manhã.