segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Na Atual Conjuntura [5]

[Décimo Quinto]

Já não se amam mais do mesmo jeito.
Mas não me entendam mal, não se amam com o mesmo desejo um pelo outro, o amar não é do mesmo jeito na cama, não tem mais aquela luxúria de antes.

[Décimo Sexto]

Sim, novamente o sexo vem à tona.

[Décimo Sétimo]

Os lábios já não se encaixam mais. Os corpos já não mais se tocam. As mãos não mais se entrelaçam. As marcas ficam como tatuagens. As marcas do amor, da dor. Se amaram, se mataram.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

do dia doze de novembro de dois mil e treze

E vai acabando o dia, vai se pondo o sol e entrando a noite. E nada de mais aconteceu, um dia como outro qualquer. Salve raras exceções... Em geral, praticamente passado em branco. Senti diferença, porque era indiferente.

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Lugares diferentes
Pessoas, completamente diferentes
Eu diferente
Mesmo dia
Um ano de diferença
E a chuva?
Não lembro.
Não me lembro se choveu.
Mas sei que agora, chove.

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Acordei meio mais ou menos
Esperando por um dia bom
Razoável, eu diria
E mesmo assim...

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Nem o banho dessa água do céu posso tomar
Ficaria decadente
Provavelmente doente
E dependente

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Marcas de ansiedade
Nervosismo
Sono mal dormido
Noite mal aproveitada
Olheiras
Não só por isso
Dormi chorando também.

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Não sei explicar
E talvez nem queira
Só estou deixando esse sentimento vir
Pra depois ver se ele vai
Ver se ele se esvai
Por aí

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Não quero pena
Nem caridade
Quero a saudade
A realidade
A banalidade
Que agora perdi
Aquela coisa singela
Ainda procuro por ela

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Tá quase lá
Acabando aqui podemos fechar
Só mais alguns detalhes

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Não vou sair anunciando por ai
Não vou sair fazendo pedidos
Eu não sou de fazer essas coisas
Eu queria mesmo era te ver
Ir bem praí onde você está
Longe de tudo e de todos
Passar o dia falando de séries e comendo gordices
Ou então podia sumir
Ir pra qualquer lugar
Sair por aí
Mas, desse jeito, debilitada
Até minhas vontades têm que reduzir

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Fácil como piscar
Os olhos enchem de lágrimas
Até difícil controlar

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Engraçado
Como uma coisa simples
Que fizemos tantas vezes
Mas que estava em falta
Já me alegrou

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Deito-me agora
Mais leve
E, pois, releve
Se algum mal lhe causei

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Canções para Ela

(De mim para ela.)

Ver acontecer de longe
Uma mão se levanta na multidão 
E logo ali
Num canto escuro
Reparo em alguém
Alguém que dança
E por algum motivo me chama atenção
Dai um pouco
Percebo o porquê
O alguém dançando
Era nada mais
Nada menos
Que você
Que dança
Dança
Me encanta
Dança
Dança
Dança pra mim
E, aí sim

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Eu queria saber desenhar
Para então poder te pintar
E te eternizar
Ali naquela parede
No meio da multidão
Dançando
Sozinha
Mas, ainda assim, cheia
Essa sua dança
Que muito me encanta
E faz com que eu queira me juntar a você
Mas algo me impede
Grande saída
Bravo (palmas)

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Duplo

- Ímpar
As minhas imperfeições, que já conheço todas
Mas que pra ela, são perfeições

- Par
Eu podia cair nessas escadas
Eu podia subi-las de joelhos
Eu podia beijar seus pés
Eu podia te possuir
Só pra mim

domingo, 3 de novembro de 2013

Finados

(Bruna, Yuri e Manfrin, só nós sabemos o que foi estar naquele carro ontem. Mas agora estamos aqui, amo vocês.)

Ia tudo muito bem. Ingressos comprados e diversão garantida.

Vamos dar uma volta?
Comer?
Claro.

E é em um segundo, um mísero segundo, que tudo muda. A alegria se torna desespero, nervosismo, falta de ar. Carros, choque, olhos fechados, grito. Quando abertos, não se entende muito bem o que se passa. Agonia. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, ligar pro bombeiro, ambulância, pais, amigos. Tentar manter a calma. Nem sempre se consegue. Dores no corpo, sem saber o que fazer. Chorar não adianta, mas acontece.

Não fique perto de mim!
Deixa eu segurar sua mão?

Mas depois se resolve. Um roxo aqui, um galo ali, dores de um lado e um osso quebrado.

Clavícula né?

Remédios. Recuperação. Lição. Emoção. Nova fase.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

sóis

Verde
Música
E a camisa. Cor das árvores, das matas. Os olhos escondidos por detrás da lente, da armação. Verde. A luz que te ilumina. Na tua pele branca.

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E, desta vez, direi que sim
Desta vez, o amor é pra mim

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Amar a distância
Não tem relevância
Quero sentir seu toque
Quero ouvir sua respiração
Quero poder me esquecer nesse vão
Que é estar com você

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Eu te amo, menina
Mulher
Coração
Mas, e se
Não

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Gosto de te olhar
Assim
Assado
De qualquer lado
E mesmo pelo canto do olho
Você consegue me roubar o olhar