sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entre

Me sentir assim
Não entende
Mas é o fim
Porque eu sou ela
Sou fadada a ver destinos
Fadada a escrever amores
Mas não
Não vivê-los
Não compreendê-los
(In)seguramente pensar
Que seria digna
De palavras
E ambições
Tremores e paixões
(In)discutivelmente desejar
Ao menos que fosse hoje
Ou por essa noite
De alegria
Que o dia
Não me deixasse só
Mas que preenchesse
Com o calor
De se nos dar
Um nó

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O último terço do quarto

Hoje eu durmo
Com vinte
Convite

Capto captando
Olho olhando

Disfarço o embaraço
Combino o apreço
Desmereço
Recomeço

Desvio na volta
Dilato
O retorno me contorna
Pela borda

Disfarço

Infinito
é o que me cabe no começo do tempo
que
um dia
julguei perdido

Nunca
é o que me persegue
na esperança de me contar
algo
que não ouvi falar

Sempre
é o que me guarda
no peito
quando me lembro
do que já passou

Depois
é verbo não conjugado

Talvez
é adjetivo mal passado

Espera
é caos incontrolado