segunda-feira, 25 de março de 2013

Mas Será o Benedito?


(Rubens, esse é pra você, seu lindo. Parabéns!)

Bendito seja
Bendito Benedito
Bento e bem dito

Espalha luz por onde passa
Deixa sorrisos nas vidas que toca
Arranca risadas de quem quer que seja
E reúne as pessoas mais diferentes num único ser

Bendito seja esse homem
Em pouco tempo de vida já viveu mais que muita gente
Já conquistou mais que outros muitos
Quem não o conhece, só tem a perder

Bendito esse que encanta
Consegue ser tantos e ao mesmo tempo um só
Consegue dizer muito e te olhar com olhos de criança que admirando um brinquedo
"Belezas que transcendem cansaços"

Sua beleza transcende qualquer coisa
Principalmente sua beleza interna
Beleza espiritual
Beleza pessoal

Difícil não gostar de uma pessoa assim
Não admirar tal entusiasmo e vivacidade reunidos em um só lugar
Difícil não se divertir ao seu lado
Difícil não sorrir ao te ver

Apaixonar-se transcende a nós
E ser apaixonado pela vida transcende você
Olhos que brilham ao se encantar com uma simples flor desabrochando
Uma simples frase de vida

"O amor é plural."

(Mas a minha favorita ainda é "amor se escreve com 's'." hehe)

domingo, 17 de março de 2013

Passeio de Balão

Olhando lá do alto. Que beleza. Um campo enorme, perdido na noite. E no centro, uma fogueira. Parecia mágica. E pessoas e mais pessoas dançavam em volta. Beleza inimaginável. As pessoas festejavam, cantavam, se amavam.

Depois de certo tempo observando aquela imagem deslumbrante que me cegava, comecei a reparar na fogueira. Lá no meio, queimando. Sozinha. A fogueira. Que todos querem, todos desejam, todos observam. Dançam e cantam em volta dela. Tão solitária e única ali no meio. Ninguém chega perto o bastante. Os que chegam se queimam. E deixam ela com seu esplendor. Emanando luz e calor. Calor, ternura e harmonia. Que encanta mas ao mesmo tempo espanta. E todos cantam.

Faíscas saem daquele meio iluminando os cantos sombrios, as almas perdidas, os amores solitários. E ela continua lá, sozinha e maravilhosa no meio daquela gente. Aquele povo todo que festeja ao seu redor, clamando sua energia, sentindo sua harmonia, desejando o seu calor. Sem chegar perto, sem tocar. Porque se tocarem se queimam, se tocarem se machucam.

Ela lá e eles cá. Todos eles. Que a desejam como nunca, como seu calor que labareda pelo campo. Tão desejada e ao mesmo tempo tão temida. Amores e amores. Em volta e em todo canto. Ela lá querendo ser chamada para dançar, querendo festejar com eles mas é condenada a assistir tudo do melhor lugar da casa. Condenada a ver todos alegres ao seu redor sem poder fazer nada. Chamar atenção? Ela já tem atenção! Não é questão disso. Todo o seu fervor, toda a sua luz afasta os que se quer pensem em se aproximar. Aos poucos, vão desistindo.

O céu fechou. As nuvens vem chegando de leve e despercebidas. A festa é muito grande para se pensar em outra coisa. Chuva. Começa a chover e parece que ninguém repara. Dançam e cantam como nunca, festejam como se não houvesse amanhã. Do amanhã ninguém sabe e nem procura saber.

Daí uns poucos, as pessoas vão se recolhendo. Cada um para seu canto. A fogueira? Está se apagando. Está ali no meio deixando de ser. Nem a notam mais. O calor continua mas o povo já esqueceu. Se foi. Só sobraram cinzas. Cinzas de uma noite feliz. A fogueira ficou só. Anda só e está só. Todos que repararam, chegaram perto, se queimaram, já não se encontram mais. Nem sequer repararam que no meio das cinzas, como uma fênix que dali renasce, havia uma garota. Menina, moça, mulher. Escondida, camuflada pelas chamas e incapaz de se comunicar, incapaz de se deixar amar. Como a ave que ninguém detém, que ninguém contém.
Intocável. Inamável.

terça-feira, 5 de março de 2013

Poesia Não é Comigo

Não faço letras como as dos Beatles
Não escrevo como Drummond
Não canto como Elis Regina
Não toco como Chopin

Nem isso
Nem aquilo

Faço letras sem sentido
Escrevo o que preciso
Canto desafinadamente alegre
E toco do jeito que me agrada

Ou isso
Ou aquilo

Apesar de tudo isso
Eu só queria uma coisa
Sem juízo ou desperdício
Para aproveitar a noite

Seja isso
Seja aquilo

Poder esquecer de tudo
E viver contigo um dia
Longe daqui e de todos
Vendo o sol nascer de madrugada

Ou isso
Ou aquilo

O dia que não aconteceu
Não para todo mundo
Guardado em minha mente
O sonho que não deveria acabar

Nem isso
Nem aquilo

Não quero ter que me conter
Não entendo como deve ser
Não sonho sem acordar
Não te deixo antes da lua chegar