Morena na frente do espelho
Com vestido de festa
Salto 15
Batom vermelho
Calma menina
Tu ainda há de virar mulher
Não adianta passar batom na boca
Colocar um salto alto
Desce
Espera
Não pule
Um passo de cada vez
Viva cada momento
Viva tua infância
Pois não se tem de volta nada disso
A partir do momento que se vira mulher
Acabou
Virou mulher e daí pra frente
Já era
Volta a ser menina, morena
Volta a brincar de boneca
Correr lá fora, subir em árvores
Volta a ser menina, morena
Volta
Volta pra mim
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Parece Mas Não É
Cotidi
Ano
Cala
b
Ouço
Contra
Adição
Cor
Ação
Sangr
Ando
Para
Médico
Prima
Vera
Acon
Tece
Meta
Fora
fim
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domingo, 18 de novembro de 2012
Rodando Vivamente
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rodando o mundo
roda-gigante
rodando moinho
rodando pião
o tempo rodando neste instante
nas voltas do meu coração
roda mundo
roda roda-gigante
roda moinho
roda roda-pião
AH
nas voltas do meu coração
VIVA roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda roda
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Dezoito
(Dedicado à mim, aos meus dezoito.)
Se vive
Se ri
Se sofre
Se morre
{por amor
Fazer o quê? Somos feitos assim.
Não adianta evitar.
É nossa melhor qualidade e nosso pior defeito, ao mesmo tempo.
Chega alguém e me pergunta o que aconteceu, mas eu não quero falar, só quero ficar na minha e, talvez, chorar.
Não tanto quanto eu queria
Não tanto quanto deveria
Eu não quero me explicar.
Porque num segundo a felicidade acaba, passa. Parece que é mais fácil viver triste certas horas. Deve ser coisa da idade... Até porque adolescente tem mania de amplificar os sentimentos, deixá-los super agoçados.
A felicidade é explosiva e espontânea
A tristeza é dramática e duradoura
Os amores são efêmeros
E muitas amizades perduram
Espero que tenha escolhido as certas...
Se vive
Se ri
Se sofre
Se morre
{por amor
Fazer o quê? Somos feitos assim.
Não adianta evitar.
É nossa melhor qualidade e nosso pior defeito, ao mesmo tempo.
Chega alguém e me pergunta o que aconteceu, mas eu não quero falar, só quero ficar na minha e, talvez, chorar.
Não tanto quanto eu queria
Não tanto quanto deveria
Eu não quero me explicar.
Porque num segundo a felicidade acaba, passa. Parece que é mais fácil viver triste certas horas. Deve ser coisa da idade... Até porque adolescente tem mania de amplificar os sentimentos, deixá-los super agoçados.
A felicidade é explosiva e espontânea
A tristeza é dramática e duradoura
Os amores são efêmeros
E muitas amizades perduram
Espero que tenha escolhido as certas...
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dedicado,
só mais um texto
sábado, 10 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Ma-i-s Não.
Foi atrás dele. Começou a atravessar a rua correndo. Mas no meio do caminho foi pensando 'eu estou fazendo isso por que mesmo?'
E pensava e pensava. E foi diminuindo o passo, foi desacelerando. Até que parou. Parou, olhou para o chão, depois para o lado. E viu que se aproximavam dois faróis. Não sabia se eram de carro ou de caminhão. Mas sabia que vinham em sua direção. Pensou em correr de novo, acabar de atravessar a rua, mas decidiu não. Voltar? Também não. Decidiu que ali ficaria, parada, encarando os faróis.
Faltando bem pouco para tocá-la, olhou para o chão novamente, e fechou os olhos. Foram os segundos mais demorados de sua vida. Começou a lembrar de tudo, desde quando era criança. Lembrou de seu pai, que ali já não mais estava. Era tão jovem, não sabia se havia sido de morte morrida ou morte matada. A única coisa que sabia era que não sabia dele. Não lembrava suas feições, seus hábitos, suas chatices. Sua mãe, que depois disso meio que ficou louca. A cada dia que acordava, esperava pelo marido na varanda. Lembrou de seu irmão, que logo casou e saiu de casa. Caíra sobre ela a responsabilidade de cuidar da mãe doente. 'Eu tinha o quê? 10 ou 12 anos, por aí.' Lembrou também dos anos que seguiram. Sua mãe era muito difícil de se lidar. Se virou muito sozinha, passou apertos e dificuldades, e não tinha ninguém para desabafar, para se reconfortar. Foi quando o encontrou, quando o conheceu, quando se apaixonou. (coração disparado) Não sabia direito como isso acontecia, ou porque, nunca tinha se apaixonado. Ele tinha seus defeitos, assim como ela, mas sempre fora muito bom para ela. A ajudava com a casa e com a mãe, estava sempre a seu lado. Mas haviam certas horas, em que ela precisava dele ou queria sua companhia e ele lá não estava. Sumia, do nada. (coração parado)
E abriu os olhos. Olhou para frente e lá estava ele. A sua frente mas ao mesmo tempo a quilômetros de distância. Por detrás dos óculos, uma lágrima escorria em seu rosto. E ela sorriu. Fechou os olhos novamente. Mas dessa vez, não estava cabisbaixa. Não. Virou sua cabeça em direção ao céu. E sentiu gotas caindo em sua face. Só então percebeu que chovia. 'Que bom. Eu amo a chuva.' (coração)
O engraçado foi que ele não a impediu. Sabia o que ela estava fazendo mas nem se manifestou tentando mudar seu destino. Ele entendia que ela precisava daquilo. E, no final das contas, só queria estar lá por ela. Por mais que em muitos momentos não estivesse, nesse, em especial, ele estava. Ele queria estar, ele precisava estar. Lutou contra todos os seus instintos e desejos com todas as suas forças para não correr até lá, porque sim, ele realmente entendia que era daquilo que ela precisava, por mais que lhe doesse a dor mais profunda no peito. Quando seus olhos se encontraram ele segurou o mais fortemente que conseguiu para não derramar as lágrimas que estavam presas em seus olhos, mas não foi possível, uma delas acabou escapando. Nesse momento, ele tinha que ser forte por ela. Tudo isso era maior do que ele, ela precisava de sua companhia.
Mal sabia ela (pelo menos, não conscientemente) que ele havia ido buscar notícias, e que estava voltando para contar-lhe. Uma triste porém feliz notícia. Sua mãe, doente e louca, havia falecido. Ela não teria mais que tomar conta delas duas, apenas de si. Tinha cumprido sua tarefa, feito sua parte. A partir do momento que havia decidido ficar no meio da rua havia sentido que não tinha mais aquele peso em seus ombros, não sabia porque, mas se sentia extremamente leve, livre.
E com os olhos fechados, encarando o céu, caiu.
Abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi ele. Não conseguia mais conter as lágrimas o pobre rapaz. Já estava até com os olhos vermelhos e o rosto inchado de tanto que chorava. Mal conseguia falar. Beijou-lhe os lábios. 'Pensei que você não vinha. Pensei que, neste último momento, me deixaria.'
'Não! Não poderia... E peço desculpas por todas as vezes que o fiz. Não era minha intenção. Não espero que compreenda, principalmente agora, mas quero que saiba que não foi por mal. Mas é que...' E ela beijou-lhe os lábios. 'Não interessa. Você teve seus motivos, eu só gostaria que os tivesse compartilhado comigo. Mas não preciso mais saber. Tudo bem, eu te perdoo.'
Mais uma vez se beijaram. Quando ela abriu os olhos viu um clarão. Sol.
E ele? Não, ele ficou.
E pensava e pensava. E foi diminuindo o passo, foi desacelerando. Até que parou. Parou, olhou para o chão, depois para o lado. E viu que se aproximavam dois faróis. Não sabia se eram de carro ou de caminhão. Mas sabia que vinham em sua direção. Pensou em correr de novo, acabar de atravessar a rua, mas decidiu não. Voltar? Também não. Decidiu que ali ficaria, parada, encarando os faróis.
Faltando bem pouco para tocá-la, olhou para o chão novamente, e fechou os olhos. Foram os segundos mais demorados de sua vida. Começou a lembrar de tudo, desde quando era criança. Lembrou de seu pai, que ali já não mais estava. Era tão jovem, não sabia se havia sido de morte morrida ou morte matada. A única coisa que sabia era que não sabia dele. Não lembrava suas feições, seus hábitos, suas chatices. Sua mãe, que depois disso meio que ficou louca. A cada dia que acordava, esperava pelo marido na varanda. Lembrou de seu irmão, que logo casou e saiu de casa. Caíra sobre ela a responsabilidade de cuidar da mãe doente. 'Eu tinha o quê? 10 ou 12 anos, por aí.' Lembrou também dos anos que seguiram. Sua mãe era muito difícil de se lidar. Se virou muito sozinha, passou apertos e dificuldades, e não tinha ninguém para desabafar, para se reconfortar. Foi quando o encontrou, quando o conheceu, quando se apaixonou. (coração disparado) Não sabia direito como isso acontecia, ou porque, nunca tinha se apaixonado. Ele tinha seus defeitos, assim como ela, mas sempre fora muito bom para ela. A ajudava com a casa e com a mãe, estava sempre a seu lado. Mas haviam certas horas, em que ela precisava dele ou queria sua companhia e ele lá não estava. Sumia, do nada. (coração parado)
E abriu os olhos. Olhou para frente e lá estava ele. A sua frente mas ao mesmo tempo a quilômetros de distância. Por detrás dos óculos, uma lágrima escorria em seu rosto. E ela sorriu. Fechou os olhos novamente. Mas dessa vez, não estava cabisbaixa. Não. Virou sua cabeça em direção ao céu. E sentiu gotas caindo em sua face. Só então percebeu que chovia. 'Que bom. Eu amo a chuva.' (coração)
O engraçado foi que ele não a impediu. Sabia o que ela estava fazendo mas nem se manifestou tentando mudar seu destino. Ele entendia que ela precisava daquilo. E, no final das contas, só queria estar lá por ela. Por mais que em muitos momentos não estivesse, nesse, em especial, ele estava. Ele queria estar, ele precisava estar. Lutou contra todos os seus instintos e desejos com todas as suas forças para não correr até lá, porque sim, ele realmente entendia que era daquilo que ela precisava, por mais que lhe doesse a dor mais profunda no peito. Quando seus olhos se encontraram ele segurou o mais fortemente que conseguiu para não derramar as lágrimas que estavam presas em seus olhos, mas não foi possível, uma delas acabou escapando. Nesse momento, ele tinha que ser forte por ela. Tudo isso era maior do que ele, ela precisava de sua companhia.
Mal sabia ela (pelo menos, não conscientemente) que ele havia ido buscar notícias, e que estava voltando para contar-lhe. Uma triste porém feliz notícia. Sua mãe, doente e louca, havia falecido. Ela não teria mais que tomar conta delas duas, apenas de si. Tinha cumprido sua tarefa, feito sua parte. A partir do momento que havia decidido ficar no meio da rua havia sentido que não tinha mais aquele peso em seus ombros, não sabia porque, mas se sentia extremamente leve, livre.
E com os olhos fechados, encarando o céu, caiu.
Abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi ele. Não conseguia mais conter as lágrimas o pobre rapaz. Já estava até com os olhos vermelhos e o rosto inchado de tanto que chorava. Mal conseguia falar. Beijou-lhe os lábios. 'Pensei que você não vinha. Pensei que, neste último momento, me deixaria.'
'Não! Não poderia... E peço desculpas por todas as vezes que o fiz. Não era minha intenção. Não espero que compreenda, principalmente agora, mas quero que saiba que não foi por mal. Mas é que...' E ela beijou-lhe os lábios. 'Não interessa. Você teve seus motivos, eu só gostaria que os tivesse compartilhado comigo. Mas não preciso mais saber. Tudo bem, eu te perdoo.'
Mais uma vez se beijaram. Quando ela abriu os olhos viu um clarão. Sol.
E ele? Não, ele ficou.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
O Quase-nada
Andando na rua
A cada esquina
Pelos corredores
A cada passo
Um segundo, dois ou dez
Bem rapidamente
Ou uma eternidade
[depende
Pela janela
Todas as intimidades,
Cores e sentimentos
Detalhes
Pequenos, simples e minusciosos
Detalhes
No dia-a-dia
[A] toda hora
Mas nem reparamos
Nem nos damos conta
Detalhes
Pequenos, simples e minusciosos
Detalhes
Que passam despercebidos
E se conhece alguém
se troca
se enamora
se ri
se descobre
se promete
se despreza
se vive
se morre (?)
Se promete.
Me dê seu olhar
Que eu te dou meu coração
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012
10h15 da Manhã
rabiscando rabiscos na imensidão
pinturas colorindo a solidão
palavras espalhadas pelo chão
imagens que não saem da cabeça
memórias que não se apagam
pelo menos eu sei que há um que não me deixará
meu violão
sempre meu companheiro de isolamento
e minhas palavras
sempre, sempre me acompanham aonde quer que eu vá
porque de repente se acredita
de repente acontece
de repente tudo pode
de repente amor
de repente se sabe
de repente se morre
e de repente acabou.
pinturas colorindo a solidão
palavras espalhadas pelo chão
imagens que não saem da cabeça
memórias que não se apagam
pelo menos eu sei que há um que não me deixará
meu violão
sempre meu companheiro de isolamento
e minhas palavras
sempre, sempre me acompanham aonde quer que eu vá
porque de repente se acredita
de repente acontece
de repente tudo pode
de repente amor
de repente se sabe
de repente se morre
e de repente acabou.
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