sábado, 31 de dezembro de 2011

2012

Resoluções para o ano de 2012:















quem cumpre as promessas de ano novo mesmo?!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Palavras que Nunca são Ditas

Ao jeito errado de se fazer as coisas
                              lhe digo o que não deveria, não de tal modo.
Eu quero que saiba, como quero.
Quero lhe falar, como quero.
                                   Mas as palavras não me vêm à boca,
e acabo lhe falando da maneira errada, no momento errado.
Se eu ao menos pudesse te fazer enxergar... me enxergar,
                                        e saber se se sente da mesma maneira.

(in)Feliz natal

Era véspera de natal. E tudo o que eu queria era ganhar um presente. Mas como? Pessoas com minha vida, minha renda não podem se dar ao luxo nem de querer um. Mas eu queria. Como queria. Neste momento, era o que eu mais queria. Mais do que a comida que me chega ao prato quase todos os dias, mais que a água quase sempre suja que bebo. Um presente. Meu primeiro presente. Passeava pelas ruas e olhava as vitrines das lojas imaginando... "Se eu ganhasse um presente, ou mesmo que fosse comprá-lo para mim mesma, o que seria?" Sinceramente, eu não fazia ideia. Nunca havia ganhado um presente. Nunca tinha sido uma pessoa de ter muitas coisas. Ou mesmo me importar com o pouco que eu tinha. Não era uma pessoa materialista. Não desejava possuir nada. O que eu sabia era que um presente, seja ele o que fosse, era o que eu queria. Ao menos uma vez. Ao menos desta vez. Vagava sem destino, pelas ruas cobertas de neve. "Pra quê voltar pra casa? Para o chão frio e pouco coberto que eu teria que dormir..." Vaguei a noite inteira. E vi o sol clarear o dia, trazer a manhã para aquela noite escura. Vi o sol clarear a manhã de natal. Ele quase conseguia aquecer o meu corpo levemente congelado da noite fria que havia passado fora de casa. Era natal. Hoje eu não tinha que trabalhar. Mas estava me sentindo meio mal. Talvez pela falta de comida... mas não acredito que seja isso. Fui visitar um cliente antigo. Que se tornou um velho amigo. Eu havia passado mal na noite que estava com ele. Era um médico. E me socorreu. Bati à porta e ele atendeu. Nos comprimentamos. Ele me serviu café e conversamos sobre meu enjôo. Ele me deu uma examinada e concluiu: "Era um presente o que mais queria neste natal, certo?" e eu "Claro... mas como você me examinar termina com essa conclusão?" "Você está grávida." O meu presente. Ganhei um presente. Uma vida pra tomar conta. Mais uma boca para alimentar. Mas era um presente. Era o que eu mais queria neste mundo. Um presente. Nos abraçamos, comi mais um pouco e nos despedimos. Agradeci por tudo que ele havia me ajudado, pelo café da manhã de natal e pela maravilhosa notícia do meu presente. Agora eu caminhava pelas ruas com o maior sorriso que já havia dado. E não era pra agradar ninguém, era pra mim. Nunca havia sido tão feliz em toda minha vida. Mas a minha felicidade me distraiu. Quem não fica distraído quando está feliz? Fui atravessar a rua, que ainda estava coberta de gelo. O motorista do caminhão desviou sua atenção por um milésimo de segundo. Mas foi o que bastou. Quando percebi, estava no chão frio com a visão meio turva e com frio. Com frio eu já estava, mas esse frio era diferente. Todo o calor do meu corpo havia sumido. Eu só conseguia sentir as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas e logo se congelando. Vi o motorista chegando perto de mim, meio que me examinando com um rosto pasmo. Gritava alguma coisa, mas eu não conseguia ouvir. Foi quando percebi o quão cansada eu estava. Eu não tinha dormido esta noite. Estava cansada por dois, grávida. Provavelmente já nem estava mais grávida. Breves foram os momentos que passei com meu presente. Mal o aproveitei. Nem tive a chance de descobrir se era menino ou menina. Sentia uma pressão no meu peito e fui perdendo o ar. O ar gélido já não entrava mais em meus pulmões. Pisquei por um segundo. Acordei. Era um lugar tão claro quanto o que eu acabara de deixar. Mas a minha sensação era outra. Eu conseguia respirar, e o ar não era gélido. Era um ar quente e macio. Como eu nunca havia sentido antes. Provavelmente um clima de praia. E logo vi o mar azul. Sempre quis ir à praia. Sentir a brisa do mar, andar com os pés na areia e curtir o sol. E agora podia. Para sempre.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ocasião do Instante ou Instante da Ocasião

Eu só quero voltar pra casa,
pros seus braços e abraços.
Pros seus lábios e beijos.
Esquecer todas as mágoas
que nos fizemos pelo caminho.
Não quero viver sozinho.
Vamos logo que a vida é curta,
quando menos percebemos já acabou
e esquecemos o que restou.

"O tempo não pára."

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Metalinguagem

Ali é o título. Que provavelmente é alguma metáfora para o que estará escrito aqui. Logo abaixo, vem um texto. Ou, mesmo, algumas frases soltas ao léu. Um texto aqui. Um outro ali. Aqui é onde coloco as palavras. Palavras que você provavelmente não lerá e, se ler, logo as deixará para trás. Rapidamente esquecerá o que acabou de ler. Palavras inspiradoras ou, apenas, palavras. Palavras vazias. Daquelas que se lê, aprecia e logo passa para outras. As que realmente ficarem na sua cabeça, são as que precisam de mais atenção. Elas podem encontrar sentido com sua vida. Podem se misturar com seus eventos. Acontecimentos em que uma atitude é necessária. Algo precisa ser feito. Isso precisa mudar.

Vá logo. Vá mudar o mundo.

Espera Ver se eu Não Cheguei

Vamos correr. Fugir. Deixar o sangue pulsando nas veias. E sentir o coração bater. Por que quem não gosta de sentir o vento no rosto quando se está em alta velocidade? Parece que o mundo inteiro desaparece. Naquele momento só existe você. Você e o vento. O vento que bate no seu rosto e joga seus cabelos para trás. Aquela brisa macia e fresca. Como uma manhã fresca de uma noite chuvosa. Ah... como adoro a chuva. E o cheiro que deixa depois que as coisas ficam molhadas... é um dos melhores que já senti. Vamos lá fora. Está chovendo. Vamos tomar um banho de chuva para afastar os pensamentos ruins e curtir esse momento. Curtir as gotas de chuva caindo sobre a pele, molhando as roupas e encharcando os cabelos. Em seguida, tão bom quanto o banho de chuva é o banho quente. Pra esquentar o corpo que ficou frio da chuva. Deixar as bochechas vermelhas e a pele aquecida. Depois, o que me resta é, deitar contigo debaixo dos cobertores para ficarmos aquecidos até a manhã chegar e termos que levantar. Mas, por enquanto, ainda é noite. Ainda estamos debaixo dos cobertores nos esquentando. Ainda esperamos pela manhã que há de nos separar. E te tenho toda para mim.

Simples Matemática

1 + 1 = 2

então, por que não se junta a mim?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mas o de Novo Não Volta Atrás

Eu precisava te dizer
Que era mais do que deveria ser
Havia de ser uma aventura
E não uma simples loucura
Eu só queria poder fazer de novo
Voltar atrás pra ver se me comovo
Sem desperdiçar sentimentos e amarguras
Pra curar-me logo dessas suturas
Só me deixe entrar
Pra te curar

Dessa solidão.

Conto de Fadas

As pessoas pensam que só podem ser felizes se estiverem com alguém. Se estiverem amando, com alguém pra cuidar e pra tomar conta de si. Mas não é bem assim. Principalmente quando não achamos esse alguém. Já estive com vários homens, algumas mulheres até. Experimentei umas coisas diferentes e outras exóticas. E no fim da história, não encontrei meu príncipe encantado. Mas que disse que procurava por um? Vivo bem sozinha. Organizada na minha bagunça. Na solidão dos meus pensamentos. Na imensidão das minhas divagações. Sou a prova viva de que se pode viver bem e feliz sem ter alguém a seu lado. Mas devo admitir que sou meio, muito fria. A vida me deixou assim. Me levou a ser assim. E acabei ficando empenada. Pra me consertar, se é que isso ainda é possível, vou precisar de um coração novo. Com uma dose de sentimentos. Pra ver se volto a sentir alguma coisa. A sentir algo por alguém. Ou, ao menos, me importar.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ânsia

Eu grito, mas nenhum som sai de minha boca.
Tento te chamar mas tu não olhas.
Eu só queria que me visse.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Manhã para cada gosto.

Gosto de ver a manhã cheia de luz. Luz que colore tudo saturando as cores. Cores que alegram o dia. Dia que chega sem pedir licença e logo vira noite. Noite que tráz escuridão e silêncio. Silêncio que cala a todos. Todos que dormem esperando por aquilo. Aquilo que algum dia já teve cor, mas hoje está preto e branco. Preto e branco mais pra cinza sendo mais preciso. Preciso como cor de concreto. Concreto que tapa o chão. Chão que enduresse o coração. Coração que ora ama ora odeia ora deprime ora se afasta. Afasta-se dessa dimensão procurando esquecer. Esquecer o que passou. Passou e já se foi. Foi pra longe viajar pelo mundo. Mundo esse que é imenso. Imenso como o vazio. Vazio que não acaba mais. Mais e mais esperando por você. Você que me deixou. Deixou a cama fria ao meu lado. Lado de ninguém. Ninguém que me espera. Espera chegar a manhã.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pausa

Imagine. Imagine por um instante uma escolha. Uma lá do passado. Imagine que possa mudá-la. Que possa voltar e escolher de novo. Que possa voltar e mudar tua escolha.
Você a mudaria? E o que veria agora? Como seria hoje? Você seria uma pessoa melhor?

"E o teu medo de ter medo de ter medo"

Mas temos medo. Medo de escolher. Medo de voltar atrás. Medo de fazer errado. Se naquela hora foi difícil, imagine agora. Imagine voltar e ter que escolher de novo. Imagine sentir todo aquele medo de novo. Imagine.