domingo, 30 de outubro de 2011

Ponto e Vírgula

Sem você aqui, perto de mim, as frases não fazem mais sentido. As linhas ficam todas tortas, as cores se misturam numa paleta quebrada.

Como assim?
Como não?

Mas diria estar calmo e tranquilo, sentado no meu canto tomando meu whisky. E nada mais importa, porque está chovendo, e quando chove a grama se molha e deixa aquele cheiro no ar.

Toca o telefone.

Eu não vou atender. Ela me chama, não dá, não vou. Já se foi o momento, acabou, já passou. E quem é você no meio dessa multidão? Não tem rosto, é só mais um. Até que ouço teu nome, e você ganha uma cara.

Eu te conheço, não sei de onde... Mas não me és estranho.

Case-se comigo.

Eu só quero alguém por perto pra não me sentir sozinho e abandonado como se estivesse esquecido.

Eu tô perdendo minha cor... tô ficando preto e branco.

Reticências

A gente se acomoda, se acostuma, se esquece.
Vivemos numa sociedade de espetáculo,
aonde tudo vira show.
E no final,
vira mesmisse.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ponto Final

Vida é paradoxo, é certo e errado, direita e esquerda, pra cima e pra baixo.
É movimento e ação e, ainda, parar e descansar.
Vida é energia, pulsação, sangue e calor.
Se parar, passou.
Acabou o momento.
Escapou-se pelos dedos.
Fim e ponto final.