dormir e
respirar a cada momento
misturar os rostos
falar o que vem à cabeça e ver o
sol clarear a manhã
largar tudo e fugir
sistematizar a minha
dor
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Re-vira(volta)
Eu espero pela manhã que nunca vai chegar. A manhã em que acordarei novamente em seus cabelos desgrenhados. A manhã que teu perfume irá contaminar meu olfato. A manhã que te terei em meus braços novamente. Seria tudo tão simples se eu pudesse te trazer de volta. Mas que egoísmo o meu. O que diria ele, que agora te tem? Por que eu tenho mais direito que ele? Por que eu posso te querer de volta e ele não pode te ter agora? Quem disse que mereço mais que ele? Na verdade, é o contrário. Ele é quem provavelmente te merece mais. Quem cuidará melhor de você e te fará feliz. Te fará esquecer de mim. Se já não esqueceu. Não posso te perguntar. Não aguentaria olhar em seus olhos pra saber se me esqueceu. Pra saber se me prefere. Pra saber se ainda me quer. Pra saber se seria capaz de me amar novamente. Mas, não. Paremos por aí. Não poderia pedir isso de você. Que me ame novamente. Que volte pra mim. Que me queira. Mesmo que quisesse, não sei se poderia passar por tudo aquilo de novo. Não sei se suportaria. Não sei se conseguiria te fazer superar. Não sei se seria capaz de voltar a amar.
Marcadores:
contos
sábado, 26 de novembro de 2011
Carne
Eu não te amo. Só te quero. Te desejo. É uma coisa carnal. Só de pensar em você eu já me arrepio toda. Quando te vejo sobe aquele calor. Um calor que vem de dentro e me preenche por completa. Quando percebo já estou me abanando. Daí você passa. Fico mais aliviada até que esbarra em mim e eu nem sei o que falar. Te tocar é quase um orgasmo. Uma excitação profunda. Mas pode ser só por uma noite. Como disse, não te amo. Mas como te quero. Com um desejo incontrolável.
Marcadores:
só mais um texto
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Carta
Acho que preciso dizer o que não se é dito.
Fazer o que não se faz.
Entenda.
A vista me acalma, tranquiliza.
Acalme-se também.
E espere.
Não me siga.
É tudo que peço.
Porque quando subo aquele muro, se eu pular, sinto que não vou cair.
Vou voar.
E voar é meu maior desejo.
Então é o que irei fazer.
Adeus.
Fazer o que não se faz.
Entenda.
A vista me acalma, tranquiliza.
Acalme-se também.
E espere.
Não me siga.
É tudo que peço.
Porque quando subo aquele muro, se eu pular, sinto que não vou cair.
Vou voar.
E voar é meu maior desejo.
Então é o que irei fazer.
Adeus.
Marcadores:
carta
terça-feira, 22 de novembro de 2011
As Coisas Como São
Eu to cansado.
E o que o cansaço não faz?
Apenas escute essa canção ou, até, qualquer bobagem.
Por que, quem sou eu pra julgar ou decidir o que é certo ou errado?
Eu sempre soube que era anormal, louco ainda.
Mas todos somos.
Loucos da nossa maneira.
É o que nos faz quem somos.
Individuais.
Nós mesmos.
Cada um.
E o que o cansaço não faz?
Apenas escute essa canção ou, até, qualquer bobagem.
Por que, quem sou eu pra julgar ou decidir o que é certo ou errado?
Eu sempre soube que era anormal, louco ainda.
Mas todos somos.
Loucos da nossa maneira.
É o que nos faz quem somos.
Individuais.
Nós mesmos.
Cada um.
Marcadores:
só mais um texto
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Conjunção Aditiva
Tudo se acumula.
Cada dia mais pendências.
Coisas que deixamos de fazer, lugares que deixamos de ir, pessoas que deixamos de amar.
E quando vemos, está tudo empilhado num canto. Deixado de lado, empoeirando.
Cada dia mais pendências.
Coisas que deixamos de fazer, lugares que deixamos de ir, pessoas que deixamos de amar.
E quando vemos, está tudo empilhado num canto. Deixado de lado, empoeirando.
Marcadores:
frases soltas
sábado, 19 de novembro de 2011
Eu, Você e um Amigo em Comum
Andava distraído lá pela W3. Pensava em Juliana que passeava na Esplanada. José corria no Eixão, porque era domingo.
Nada de mais acontecia, como sempre. Tudo o que alguém queria era uma manchete pro DFTV. Em Brasília todo mundo se conhece. Se conhece sem saber.
Fui dar um passeio pela Ponte JK, admirar sua beleza e vastidão. Linda a vista que se tem do Lago de lá. Andei, andei e andei até que vi um brilho no chão. Um espelho que refletia a luz do sol. Peguei-o e comecei a observar a vista de outra perspectiva. Olhava para o espelho que agora refletia a imensidão. Até que passou um menino correndo em sua bicicleta.
Me assustei.
Perdi o equilíbrio.
Caí.
Lembrei que não sabia nadar.
Mais tarde, cheguei até no Jornal Nacional.
Nada de mais acontecia, como sempre. Tudo o que alguém queria era uma manchete pro DFTV. Em Brasília todo mundo se conhece. Se conhece sem saber.
Fui dar um passeio pela Ponte JK, admirar sua beleza e vastidão. Linda a vista que se tem do Lago de lá. Andei, andei e andei até que vi um brilho no chão. Um espelho que refletia a luz do sol. Peguei-o e comecei a observar a vista de outra perspectiva. Olhava para o espelho que agora refletia a imensidão. Até que passou um menino correndo em sua bicicleta.
Me assustei.
Perdi o equilíbrio.
Caí.
Lembrei que não sabia nadar.
Mais tarde, cheguei até no Jornal Nacional.
Marcadores:
contos
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Sonho
Conte-me suas aventuras. Quero sabê-las em cada detalhe possível. Me explique o que tem lá fora, me mostre o mundo. Me fale das belezas, me cante as canções, me mexa nos cabelos e me ponha pra dormir. Pois só quando durmo o mundo é realmente perfeito, e todas as impurezas se desfazem em campos floridos. Todos são felizes e sem preocupações. Mas as coisas não são bem assim... o concreto do chão sobe pelas paredes até que ficamos presos, engaiolados em nossa própria casa.
"Não deixe isso acontecer comigo. Eu só quero ser feliz."
"Mas a vida não é feita só de felicidade. Precisamos sofrer para sabermos o que é alegria. Precisamos perder para sabermos dar valor ao que temos."
Se não há um lado ruim, como saberemos o que é bom?
Se fossemos perfeitos, qual seria a graça de acharmos uns aos outros?
De nos encontrarmos em outra pessoa? Seja ela um amigo ou um amor.
"Mas... eu não quero ir. Não me deixe."
"Sempre estarei contigo. Assim como sempre estarás comigo."
Fechou os olhos. Pele fria.
"Não deixe isso acontecer comigo. Eu só quero ser feliz."
"Mas a vida não é feita só de felicidade. Precisamos sofrer para sabermos o que é alegria. Precisamos perder para sabermos dar valor ao que temos."
Se não há um lado ruim, como saberemos o que é bom?
Se fossemos perfeitos, qual seria a graça de acharmos uns aos outros?
De nos encontrarmos em outra pessoa? Seja ela um amigo ou um amor.
"Mas... eu não quero ir. Não me deixe."
"Sempre estarei contigo. Assim como sempre estarás comigo."
Fechou os olhos. Pele fria.
Marcadores:
contos
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Desafeto
O amor é irracional.
A gente não escolhe por quem se apaixona.
A gente nunca sabe de quem vai gostar.
Então não venha me perguntar porque eu não consigo te esquecer.
A gente não escolhe por quem se apaixona.
A gente nunca sabe de quem vai gostar.
Então não venha me perguntar porque eu não consigo te esquecer.
Marcadores:
frases soltas
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Verbo
Diga-me,
Se fossemos um, o que diria de mim?
O que querias era que existisse só um alguém no mundo pra cada um.
Quão simples seria se fosse assim?
Mas pra quê simplificar se podemos complicar tudo?
Bagunçar a cabeça de todo mundo e mexer com nossas emoções.
Mas eu preciso te perguntar,
Foi bom pra você?
Se fossemos um, o que diria de mim?
O que querias era que existisse só um alguém no mundo pra cada um.
Quão simples seria se fosse assim?
Mas pra quê simplificar se podemos complicar tudo?
Bagunçar a cabeça de todo mundo e mexer com nossas emoções.
Mas eu preciso te perguntar,
Foi bom pra você?
Marcadores:
só mais um texto
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Pra quê rimar com Carolina?
Perguntei pra Carina:
Pra quê rimar com Carolina?
Foi tudo na surdina,
Porque essa Carolina
É uma cretina
Que só me desatina
Sentada numa quina
Esperava Catarina
Que passava pela esquina
Sem um pingo de disciplina
Derramando hemoglobina
Pelas ruas de Londrina
Fazendo uma faxina
De forma paulatina
Ganhei da Marina
Um pedaço de tangerina
Fui passear pela colina
E ver a água cristalina
Comendo uma nectarina
Com gosto de naftalina
Visitando a argentina
Sem autodisciplina
Peguei uma flor de eritrina
E entreguei pra dançarina
Que deixou cair a lamparina
Em cima da maestrina
Pra quê rimar com Carolina?
Foi tudo na surdina,
Porque essa Carolina
É uma cretina
Que só me desatina
Sentada numa quina
Esperava Catarina
Que passava pela esquina
Sem um pingo de disciplina
Derramando hemoglobina
Pelas ruas de Londrina
Fazendo uma faxina
De forma paulatina
Ganhei da Marina
Um pedaço de tangerina
E fechei a cortina
Pra não ver a pobre menina
Fui passear pela colina
E ver a água cristalina
Comendo uma nectarina
Com gosto de naftalina
E a tal da bailarina
Só saía de batina
Visitando a argentina
Sem autodisciplina
Peguei uma flor de eritrina
E entreguei pra dançarina
Que deixou cair a lamparina
Em cima da maestrina
Marcadores:
poemas
Assinar:
Postagens (Atom)