domingo, 29 de agosto de 2010

Permanente

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida e comigo trago lembranças permanentes que não vou mais esquecer; marcas, feridas, imagens que nunca sairão da minha cabeça e me lembrarão todos os dias que eu não te tenho ao meu lado.
Como um grafite que fica para sempre na parede
Como uma tatuagem que não sairá mais da pele
Como uma cicatriz que marca relembrando aquele momento
Como uma perda impressa em meu coração

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Não-fechar

Você e meus sentimentos a seu respeito haviam sido guardados em uma gaveta e, momentaneamente, sido esquecidos. Te rever aquele dia foi como reabrir tal gaveta proporcionando aos sentimentos ali guardados a chance [oportunidade] de voltarem a aflorar. Mas, como toda gaveta reaberta, já havia sido fechada e poderia muito bem ser fechada novamente. Acontece que, como já havia sido reaberta [de qualquer maneira] e aqueles sentimentos [e você] retornados a mim, eu não queria ter que guardá-los de novo, não queria fechar a gaveta... não queria esquecer.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bastaria

Eu não te esqueci, te liguei e contigo falei mas, depois disso você não me deu mais satisfação. O seu olhar para mim vale mais do que mil palavras e apenas isso bastaria. Sempre que me pego olhando para você em toda sua calma e tranquilidade, meu coração pára por um segundo e é preciso fechar meus olhos para que eu volte ao normal. Tantos "eu te amo", abraços, beijos, olhares e, no fim, isso serviu para quê? Você simplesmente se foi e me deixou aqui para te esperar toda manhã e assistir a todos os pores-do-sol que deveríamos ver juntos. Observar as estrelas não será com os mesmos olhos e muito menos com os mesmos sentimentos... Mas entendo que tenha que ir e isso não poso impedir. Mas tenho algo a dizer que não será em vão e muito menos disperdiçado. Então a última, e única coisa que te digo é "adeus".

-ar, -er, -ir

Acordar, espreguiçar, bocejar, levantar. Tomar banho, tomar café, comer um pão, algumas frutas, escovar os dentes, trocar de roupa, sair. Andar até o ônibus, sentar no cobrador. Entra e sai, levanta e senta, boceja e cochila. Pessoas passam por mim e nem sequer me notam sentado no meu canto, ouvindo minha música e cobrando as passagens de cada um que entra no ônibus. Observo ao redor e as diferenças, as particularidades de cada um os faz único e, assim, perfeito do jeito que são. Mas apenas sentado na minha cadeira, chega meia-noite e acaba o expediente. Ir para casa, tomar banho, comer, escovar os dentes, dormir. No outro dia, acordar às cinco e quarenta e a rotina começa novamente.