segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Allegro ma non troppo

Eu Eu ando Eu ando desistindo Eu ando desistindo de você Ando desistindo de te ter Desistindo de dizer o que está entalado em minha garganta O que meus olhos gritam quando te encaro Mas você não vê Ninguém vê Mas está lá Nitidamente escondido por trás do meu sorriso de quando te vejo E principalmente quando sei que está olhando pra mim Está lá Basta parar e olhar Fica estampado no meu rosto Que fica corado Que fica mudado Quando você está por perto Mas aí você vira as costas e vai embora E tudo fica complicado E eu não tinha falado E você não tinha se explicado E ficou tudo pela metade E me dá vontade de desistir Desistir de tentar Desistir de falar Desistir de explicar Deixar pela metade e ver no que vai dar Antes fosse tão fácil simplesmente decidir e deixar estar Mas o que é a vida se não complicar? Mas tem horas que acho que não sei... É melhor assim Ninguém se incomoda desse jeito Deixe eu com minhas amarguras e fechaduras Com minha cerâmica quebrada e meu vidro rachado Com a tela rasgada e o cigarro inacabado Com tudo pela metade

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