domingo, 11 de setembro de 2011

Pra Não Dizer que eu Não Falei das Flores

Não, sim
Mas nada, mas tudo
Agora, depois
Amanhã, ontem
Sem demora, só depois
Seca, chuva
Calor, frio
Vou embora, estou chegando
Outro dia, há meses atrás
Segundos, horas, dias, semanas e anos...



Na madrugada perdida, me pego cantando.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Não Vá se Perder por Aí

O homem não é um ser errante e limitado?
Então como ele pode dizer ou definir o que é certo ou errado?
Quem somos nós nessa imensidão que é o universo?
Nós não somos ninguém, não somos nada.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Vazio





























é como uma página em branco.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Novidade

Tô precisando trocar de pele, mudar minha vida, conhecer pessoas novas e fazer umas loucuras. Por que quem não é maluco de vez em quando? Ou, às vezes, até sempre?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Metamorfose

Porque em um segundo tudo muda
Você passa de amado para odiado
De amigo para deixado de lado
De querido para esquecido
E quando você percebe
Está sozinho no mundo
Quando você (mais) precisa
Ninguém está lá

domingo, 7 de agosto de 2011

Interrogação

Lábios teus
Tão macios e carinhosos
Gentis e estranhos
Olhos teus
Tão negros e profundos
Penetrantes e confusos
Seus olhares me atordoam
E eu não entendo,
O que você quer?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Declaração Aleatória

É difícil dizer, tente entender. Eu quero. Não diria que sempre quis, é algo bem recente. Mas nem por isso é de menor importância ou de menor intensidade. Calma, calma. Temos todo o tempo do mundo.

Farol Vermelho

Estava lá, deitada. E digo-te mais, deitada de olhos fechados. Seu rosto brando e carinhoso, pálido e sereno, sujo e ensanguentado. A tinta da parede derretendo. E a chuva caindo lá fora. Uma luz, lá no fim. Quase invisível. Estranha e peculiar essa luz. Mas ela. Ela estava lá e não havia nada que eu poderia fazer por ela. Deitada e parada. Estática. Olha lá, esqueci. Escuta essa, não me lembro.

domingo, 17 de julho de 2011

Banal(idade)

Eu estava (te) amando
Eu estava (me) perdendo
(te) amando e (me) perdendo
E eu não queria (me) entender
Só queria (te) amar
Sem (me) entender mas (te) amando
Não (me) importa mais nada
(te) amar já (me) basta





(obs.: leia também sem os parêntesis)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Concreto

A gente pensa que tem que ser feliz ao contrário de outros seres que simplesmente são. Somos amaldiçoados por uma coisa chamada consciência. Procuramos sentido pra tudo e usufruímos de nosso raciocínio para tal. Procurando explicação para as coisas é como evoluímos e descobrimos, mas também é como nos perdemos.
Todos querem achar sentido para vida, descobrir o por quê de estarmos aqui, mas ninguém se pergunta se suas próprias atitudes trazem um benefício maior, ninguém se preocupa em simplesmente viver. Se preocupa não, se despreocupa.
Queremos tudo aqui, agora, nesse instante, já passou.
Temos tantos problemas que muitas vezes nos esquecemos de parar um momento e simplesmente admirar a beleza que nos cerca. Parece que só temos tempo para ter problemas ou criticar as coisas. Não paramos um segundo para pensar "como é bom estar aqui, estar vivo, ter saúde, etc". Existem tantas pessoas em situações muito piores do que a nossa que nem sequer reclamam que não tem o que comer, ou que tem que sobreviver de lixo.
Impressionantemente deixamos de lado a conexão que temos com as pessoas, criamos redes sociais para ter "amigos". Agora, não sou mais gente se não tenho facebook. Vamos todos ficando alienados, e "eu te amo" fica banalizado. Você "ama" alguém que conheceu ontem, ou pior, à meia hora atrás. Não temos tempo de cuidar de nossos próprios filhos, são largados com uma babá que vem nos cobrar no fim do dia; afinal de contas, ela também tem que sobreviver.
Outro dia, andando de ônibus, reparei que até o cobrador tinha um celular de touchscreen. Hoje, não se é ninguém sem um celular. O que a alguns anos atrás era apenas para os enriquecidos.
Daqui a pouco, não vão me dar mais "bom dia" se eu não tiver twitter.