quinta-feira, 8 de agosto de 2019

dia 1

Há meses não escrevo. Sinto muita falta dessa coisa de colocar pra fora elocubrações e pensamentos. Mas algo me acontece e eu não paro mais pra encarar a página branca que espera ser preenchida por ideias. 
Acordei hoje com esse desejo de preencher uma página em branco. Então pensei que poderia fazer algo como um diário, contando sobre acontecimentos, desejos e sensações vividas e vistas no dia a dia, e pensei que ele poderia trazer poesia para os dias frios e úmidos do Porto. Mas logo depois percebi que está em pleno verão por aqui e que a ironia de estar vivendo um verão tão frio, nublado e chuvoso era poesia pura para os olhos de quem busca admirar a beleza do cotidiano.
Sinto falta da minha máquina de escrever. Existe algo no fazer escrito que me preenche quando estou de frente a uma máquina de escrever. Sinto que sou tomada por uma súbita inspiração e que as palavras simplesmente escapam dos meus dedos e são carimbadas no papel. Sinto um poder tão grande em estar diante de tal máquina que não existe certo ou errado, existe o fluxo de pensamento que toma conta de mim e quando vejo, lá está a página preenchida por pensamentos meus que eu nem sequer sabia que estavam perambulando minha mente.
Agora preciso ir. O vento sopra, as janelas batem e os sinos tocam me avisando que já são 13:30 e eu ainda não saí da cama.

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