(Pela perda.)
Vazio
Encarando a imensidão
Ninguém sabe a dor da perda do outro
Ninguém conhece o sofrimento pleno
Imóvel
Estático
Paralisado perante o céu azul
Que pode ser escuro ou claro
Que pode ficar cinza também
Coberto de nuvens
Até cair água
A melhor água
Aquela que lava
Aquela poética
Que despenca e nos encharca
Sem pedir licença e sem se desculpar
O calado
A calada
Eu
Só
Chega um momento que é só desolação
Chega uma hora que nem a emoção
dá conta
A gente pede baixa
Acerta a diferença
Desconta o tempo aproveitado
E paga o que restou
Mas de resto
Nem o processo
Nem o inverso
Vai dizer se foi bom
Ou ao menos
se valeu a pena
se valeu a pena
0 rubrica(s):
Postar um comentário